sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Trivialmente falando...

Três da tarde. Sol à pino. Céu absolutamente limpo, azul, sem uma nuvem sequer. Calor infernal. E eu sentada numa cadeira de couro, dentro de um auditório assistindo a um seminário.
O homem à frente fala, fala, fala... Sua voz densa dançava com o calor. Uma dança lúgubre. Enquanto ele falava, eu observava o ventilador de parede. O movimento que ele realizava acompanhava a voz do tal homem à frente de mais de 50 pessoas. A sala cheia, eu, atordoada. Como ele conseguia se mover com tanta voracidade num calor insuportável daqueles? E não parava. De um lado pra o outro, num movimento incessante.
Virava-se ao máximo para conseguir alcançar até o mais distante componente daquela sala. O calor tomava a todos. Causando desconforto, sono, fadiga. Ele não, menos ele. Ele permanecia incansável. De um lado pra o outro. Ele estava intacto, inatingível. Do alto de sua superioridade, ele espalhava um bafo de ar quente que tornava tudo aquilo mais angustiante ainda. Uma tortura. A todo lado o que se via eram pessoas dormindo encostadas nas outras, muitas conversando, outras olhando pra o nada, e eu, eu olhava fascinada aquele que parecia não se preocupar com nada. Um trivial ventilador. Que me deixava extasiada com seus movimentos, à medida que me embalava, e me dava sono.

Tadinha!

Sentadas na escada da faculdade, minha amiga Joana pegou uma criança de 8 meses no colo e ficou brincando. Vendo aquela criança, começamos a lembrar de quando éramos pequenas, falávamos de nossa infância, nossas brincadeiras e peripécias. Momentos tristes e felizes. Foi quando ela veio com uma história a princípio inacreditável, mas verídica.
Quando pequena Joana tinha um cachorro, detalhe, ela não sabia o nome do cachorro. Mas ela adorava o cachorro. Só sabia que era pretinho e bonitinho, segundo suas próprias palavras. O cachorro morreu. E ela ficou triste, e não sabe-se como e de que maneira, ela via o cachorro, ou sua alma, não sei. No lugar onde o cachorro tinha morrido numa casa de farinha perto de sua casa, no forno da casa de farinha, é importante ressaltar. Tadinho do cachorro. Ela então teve a brilhante ideia de enterrar o cachorro, pode? O cachorro tinha morrido há dias atrás. Mas ela achava que se enterrasse o cachorro, ou pelo menos sua alma, ele a deixaria em paz. E assim o fez. Providenciou tudo. A cova, uma coroa de flores, se vestiu de padre, até missa de sétimo dia o cachorro teve. Me veio na lembrança o filme “O auto da Compadecida” mas isso não vem ao caso. Sim, continuando, ela falou fez algumas orações, falou o “Amém”, e mandou cachorro, ou pelo menos sua alma, para o além! Segundo ela, o cachorro parou de aparecer desde então. Acho que ele ficou impressionado com o ato de fé da garota e desistiu de atormenta-la. Tadinho!

Obs.: Joana é um nome fictício utilizado para preservar a imagem da “depoente”.

Sério?!

“Pode falar? Pode falar? (...) Então dexa eu contar! Eu tinha um cachorrinho quando eu era pequena; como era o nome dele? Eu me esqueci o nome dele agora (...) Eu esqueci o nome dele. Eu só sei que era um cachorrinho pretinho, bunitinho, que eu adorava o cachorrinho. Aí, o cachorrinho morreu. Sério! O cachorrinho morreu, aí o que acontece... o cachorrinho morreu e eu morria de medo de fantasma né?! Até hoje eu tenho medo de fantasma, eu achava que o cachorro tinha alma e aí eu ficava em casa de noite num queria sair porque eu tinha medo do cachorro, é sério! Eu ouvia o latido do cachorro, e o cachorro morreu dentro do forno de uma casa de farinha que tinha perto da minha casa, aí eu via o cachorro lá deitado, mas era tudo coisa da minha cabeça né?! Aí eu cheguei à conclusão de que eu precisava fazer o enterro do cachorro, porque se eu não fizesse o enterro do cachorro, o cachorro não ia me deixar em paz, pelo menos a alma do cachorro né?! Aí eu fiz o enterro, o cachorro já tinha morrido ó... aí eu cavei o buraco, botei uma cruz lá e disse que era o cachorro, fiz uma coroazinha de flores lá que eu catei no jardim. Aí quando... aí depois eu me vesti de padre pra celebrar a missa de sétimo dia do cachorro (risos), e falei umas palavras que eu conhecia de oração. E aí foi isso, eu sepultei o cachorro, fiz o enterro do cachorro, disse um Amém, e ele partiu pro além... Nunca mais eu vi o cachorro”.

Minha língua, sua língua? Nossa língua!

Para cada povo, em cada canto do mundo, cada palavra tem um significado diferente ou vários significados ao mesmo tempo. Contudo, uma única palavra tem o mesmo significado de leste a oeste, de norte a sul. Tanto entre países de primeiro mundo, quanto entre os povoados mais pobres da África.
A escrita existe há milhares de anos, desde que o homem passou a existir na face da Terra. Desde então ela vem se aprimorando; de rudimentares desenhos nas paredes das cavernas, até importantes documentos na sociedade. Além da fala, dos olhares, dos ruídos, dos odores, o ser humano, como animal racional, desenvolveu um outro meio de se comunicar com outros da mesma espécie: a escrita.
Com o tempo aprendemos que nos comunicar não é apenas falar o que pensamos, vai além. Existem regras que devem ser respeitadas, princípios a serem seguidos. Utilizamos uma linguagem diferente para cada ambiente no qual nos encontramos, afinal, a cada classe da sociedade se comunica de maneira diferente. Seja ela social, etária, educacional, formação profissional ou até mesmo de gênero.
A escrita, apesar de ser tão importante na sociedade, não é privilégio de todos – deveria ser – existem muitos analfabetos no mundo. E daqueles que sabem ler e escrever, poucos podem ser considerados letrados. O letramento não é o básico ler e escrever, ouvir e copiar. É mais. É ouvir, entender e transmitir. É formar opinião, é somar conhecimento. E isso não se aprende cobrindo linhas pontilhadas para formar a “amiguinha a”.
Letramento é utilizar o que a escrita oferece. É preciso ler bem, escrever melhor ainda. Conhecer regras gramaticais, não tropeçar nas vírgulas ou engolir acentos. Deve ser um prazer, e não uma obrigação, um martírio.
Infelizmente, a cada dia, é assim que a escrita é vista. A educação básica deveria dar uma base sólida para os alunos, entretanto, só ensinam a soletrar e formar palavras. Não ensinam como é prazeroso escrever. Por esse motivo é cada vez mais difícil encontrar profissionais realmente qualificados. Não é difícil ver profissionais recém-formados falando ou escrevendo errado.
Portanto, é preciso investir na educação, principalmente em professores competentes, que não ensinem apenas o básico aos alunos. Mas falem da magia que é o mundo da escrita. Dos tantos mundos que ela pode nos levar, das tantas sensações que ela pode nos proporcionar.

Desafios

Marcada por grandes polêmicas, a profissão de jornalista torna-se cada vez mais instigante, apaixonante e, acima de tudo, desafiadora. Afinal, conseguir prestígio em uma “selva de pedra” que é o mundo da informação não é pra qualquer um não. Aja disposição e perseverança, sem falar no fato de gostar do que faz.
É irrefutável o fato de que o mercado de trabalho está a cada dia mais competitivo, dificultando a entrada de novos profissionais. Todos os dias inúmeros amadores, que se dizem jornalistas só por escreverem bem, ou tirarem uma boa foto, tomam o lugar de bons profissionais, que estudam para tal, no entanto tem seu sonho adiado por falta de oportunidade. Claro, é mais vantajoso, pagar menos a um leigo, que pagar o que merece um profissional graduado.
Todas as áreas profissionais passam pelo mesmo problema: muita gente, pouca competência. O que o mercado de trabalho precisa não é de quantidade e sim de qualidade. É ai que entra a grande questão do jornalismo. Mais vale uma pessoa que escreve bem, ou uma que, além de escrever bem conhece as técnicas e os macetes da profissão?
Assunto já discutido anteriormente, escrever é dom ou técnica? Os dois. Não adianta ter o dom se não o desenvolve, e não vale conhecer as técnicas se não gosta escrever. De fato, só é possível obter os dois em uma faculdade.
Não defendendo a minha classe – futuros jornalistas – mas, sou completamente a favor do diploma. Afinal, ele é a prova de que o profissional estudou para aquilo, não é um leigo que sabe escrever bem.
Os conceitos precisam ser revistos, pois se continuar dessa forma, problemas surgirão com o tempo. Acolher pessoas sem formação acarretará sérias consequências. A desculpa de que por não ser jornalista não cabe processo, não será aceita pra sempre. O profissional graduado sabe o certo e o errado. Não justifica pagar menos a um leigo.
De qualquer forma, infelizmente essas mudanças não acontecerão da noite pra o dia, só nos resta estudar e nos dedicar ao máximo para não sermos deixados para trás nessa “selva de pedra”.

Contando ninguém acredita!

De repente me vi sem saber o que fazer. Como poderia estar naquela situação? Nunca havia imaginado tal despropósito. Talvez esteja um pouco implícita a situação. Mas tudo bem. Então... Na verdade o que aconteceu foi o seguinte. Meu irmão tem um amigo que é padre. Eles vieram passar o fim de semana aqui comigo, no interior de Minas. Minha melhor amiga vive, literalmente, na minha casa. Mas quando eu digo, literalmente, é literalmente mesmo. Ela toma café, almoça, vai pra escola de tarde comigo, volta direto pra minha casa, janta e muitas vezes diz que, por estar tarde, vai dormir lá em casa. Eu gosto muito dela, mas ela não entende que, como posso dizer? Não vou fazer rodeios. Inconveniente, é isso que ela é. Infelizmente, eu tenho que ser realista, e por sinal, eu sou muito realista. No dia que meu irmão chegou, ele apresentou seu amigo pra toda a família, ela já se sentia da família, foi logo passando na frente dos outros. Depois eu entendi o porquê de tanto alvoroço. Quando ela viu, aquele que não citarei nome por motivos de força maior, ela, simplesmente, voou nos seus braços, dizendo que era uma amiga muito íntima, quase uma irmã. Realmente era quase uma irmã pra mim. Pra mim, não pra o meu irmão. E não deixou mais ninguém falar. Tomou-o pelos braços, e saiu arrastando o coitadinho pela casa. Que situação...
Ninguém entendia nada. Ao entardecer, ela estava no meu quarto me esperando retornar do banho, quando entrei, ela pulou em cima de mim, quase me derrubando, esbaforida, dizendo que tinha encontrado o homem da vida dela. Nossa, a minha reação na hora foi instantânea: dei uma crise de riso. Ela ficou me olhando, sem entender nada. Eu então fui explicar pra ela que, o amigo de meu irmão, era padre, e que ela não sabia, óbvio, porque não tinha deixado, sequer, ele abrir a boca pra cumprimentar os outros. E que neste exato momento, ele devia estar na sala contando como era a rotina na paróquia de sua cidade. Ela ficou me olhando, surpresa, depois baixou a cabeça, e falou bem baixinho que este era mais um motivo. Eu perguntei: Motivo pra que? E foi ai que veio a maior surpresa. Ela disse que só podia ser um sinal de Deus. ‘Aquele’ era o homem de sua vida. E fora enviado por Deus. Eu perguntei se estava maluca! Sentindo alguma coisa, passando bem... Quem não estava entendendo mais nada era eu! Mandei ela ir pra casa. No dia seguinte fui conversar com uma professora minha, que era psicóloga. Ela disse que poderia ser uma reação imediata do cérebro, diante da situação tão absurda que ela se envolvera. Isso foi o que eu entendi, porque ela não falou assim. Disse uns termos técnicos lá, que eu não conseguia acompanhar. Mas, voltando... Saí da escola e fui até a casa da minha amiga. Ela estava escrevendo uma carta. – Quem adivinhar pra quem era a carta eu dou um doce – Eu conversei com ela. Expliquei a situação. E fiquei num fogo cruzado. Ela me implorou de joelhos pra eu entregar a carta para o padre, e não é conversa pra deixar o leitor comovido não, ela ajoelhou mesmo. Eu disse que entregaria com uma condição. Que ela esquecesse todo aquele absurdo. Ela disse que tudo bem. Voltei pra casa. Conversei com o amigo do meu irmão. Inicialmente ele ficou preocupado, depois caiu na gargalhada. No dia seguinte ele foi embora. Ficou apenas a lembrança daquele fim de semana inacreditável.

Especiarias Brasileiras

“Para mim, escrever é sempre questionar,
não importa se estou escrevendo um romance,
um poema, um artigo.”
Lya Luft.

Os resquícios do passado servem de alicerce na construção do presente e do futuro. As marcas deixadas por nós durante séculos, vão formando nossa identidade cultural. O que vivemos hoje é reflexo de nossos antepassados, e, certamente, refletirá na vida de nossos descendentes.
Vivemos em um país de diversidades, repleto de cores, misturas e sabores. Por outro lado, existe também descaso, corrupção e violência. Opostos de uma nação que se mostra indignada e ao mesmo tempo conivente. Afinal, ficar calado diante de escândalos que surgem o tempo todo é mostrar-se indiferente com a situação.
Desde pequenos somos criados segundo padrões impostos, tanto pela família quanto pela sociedade. A triste verdade é que os padrões foram banalizados. A falta de atitude e a passividade dos pais em relação à criação de seus filhos, as pessoas públicas que não dão exemplos, a própria sociedade que é uma má influência, tudo isso são vertentes do mesmo problema: a banalização do ser humano.
Por que nos sentimos tão ameaçados diante da violência que assola, não apenas os grandes centros, como há algum tempo atrás, mas também as pequenas cidades, e no momento que batemos de frente com um escândalo no Senado, viramos o rosto, indiferentes? Por que é mais fácil falar dos usuários de drogas, quando o nosso dinheiro é utilizado, ilicitamente, por pessoas públicas, que, diga-se de passagem, nós as colocamos no poder?
Não sejamos hipócritas em dizer que a parte podre da sociedade é apenas aquela que preenche os altos cargos, o problema aponta múltiplas direções. Os traficantes, ladrões, marginais, assassinos, também fazem parte deste “seleto grupo de especiarias brasileiras”, afinal, essas coisas só acontecem com tanta frequencia aqui.
O fato é que, a problemática, como já foi dito, tem várias vertentes. Uma delas é a educação. Infelizmente o Brasil é carente nessa área, e isso influencia diretamente na formação do indivíduo, que provavelmente, no futuro vai se tornar um marginal, um traficante, e quem sabe, um assassino. Por outro lado, tem a educação de casa, que também é defasada. Os pais são muito permissivos, não dão limites aos filhos, principalmente os mais abastados. No caso das famílias pobres, a situação é mais complexa. Não ter dinheiro, nem ter o que comer, é um dos fatores que influencia a entrada no mundo do crime.
Não obstante, existem ainda, aqueles que agem desonestamente por descaso. É o caso dos políticos. Qual o motivo que eles tem para roubar? Ganham bem, tem conforto e todas as mordomias possíveis: planos de saúde, viagens, alimentação e até moradia. Claro, sem falar no caixa dois. Bem, dispensam-se comentários.
Segundo a Lei da Física: Toda ação gera uma reação. Assim é na sociedade, todos os nossos atos refletem na vida de nossos descendentes. Talvez não sejamos criminosos no sentido real da palavra; matar ou roubar. No entanto, somos cúmplices. Presenciamos a todo o momento crimes que alastram a sociedade, e nos mostramos indiferentes. Não tomar nenhuma atitude, também gera uma consequência. Por isso, é preciso adotar medidas que alterem o rumo que as coisas estão tomando.
Não é tão simples resolver as coisas, mesmo porque, não existe um início e um fim. É um ciclo vicioso, que só aumenta cada vez mais rápido. Contê-lo seria impraticável, entretanto, é possível diminuir seu ritmo. A princípio, é preciso identificar quais são os fatores que geram os problemas na sociedade.
A educação é o alicerce para o desenvolvimento moral e ético de qualquer cidadão, e infelizmente, a nossa não é das melhores. Professores mal pagos, ou ligados a interesses políticos; pais que não dão limites aos filhos; desinteresse por parte do governo, são alguns exemplos que nos mostram, claramente, porque que nossa educação é tão falha.
Existe ainda o problema do tráfico de drogas, gerando violência nas ruas, causando mortes e indignação por onde passa. Traficantes envolvidos com policiais corruptos, jovens com idade abaixo de 12 anos, passam de consumidores a contrabandistas, as guerras nos morros que trazem inúmeros feridos a hospitais cheios e sem estrutura.
Somos bombardeados a todo instante com notícias absurdas: pai estupra filha, filho mata pai, senador “subtrai” (para não dizer roubar) dinheiro do governo, assassino esquarteja vítima. A primeira reação: “Que absurdo!”. E depois? Nada. Não tomamos nenhuma atitude para impedir, ou atenuar o que está debaixo de nossos olhos. Sim, porque pode acontecer com qualquer um, ninguém está imune.
Frente ao que foi dito, faz-se uma relação de como é fácil falar e, no entanto, o “agir” fica pra mais tarde. Nesse caso, fazendo uma alusão ao início do discurso, fica claro que não adianta mostrar indignação, se nada é feito para impedir que o futuro seja escrito de forma diferente, porque, de fato, somos absolutamente responsáveis por nossos atos, e estes geram consequências.
Autoridade hoje é sinônimo de antigo, retrógrado. É deprimente ver “projetos de gente” enfrentando pais e professores, na sociedade o problema é duas vezes pior. Com tantas leis que são descumpridas e muitas vezes impraticadas, fica impossível impor limites dentro e fora de casa e da escola. Por que não alterar leis antigas e ineficazes, ou até mesmo criar novas? Ou então se for difícil fazê-lo, por que não passar a praticar as que já existem? A sociedade precisa de um limite. E isso só quem pode dar é a própria sociedade.
Punições justas, autoridades atentas, muitos crimes, pouco castigo, ou muitas vezes, castigo injusto. Pólos opostos de um problema difícil de resolver. Principalmente em um país em que tudo é considerado normal. Todos os absurdos já fazem parte da nossa rotina diária. Acordamos e dividimos o desjejum com a informação de que uma criança morreu com uma bala perdida. Almoçamos com a notícia de que traficantes realizavam negócios com policiais, para não serem presos. Vamos dormir com a cabeça leve, ao saber que nosso dinheiro está nas mãos de políticos corruptos. Somos cúmplices desses crimes, é inegável.
O que o país precisa é de pessoas que demonstrem sua indignação, não apenas com palavras, mas com atitudes. Na época da ditadura os jovens enfrentaram o governo, se imporam diante da situação monstruosa à qual foram expostos. Será que vai ser preciso uma nova era de tirania para fazer florescer dentro de nós o espírito de repulsa e revolução?
Continuaremos a viver escondidos dentro de casa, com medo de receber uma bala perdida, ou ser vítima de um seqüestro relâmpago? Filhos com medo dos pais e vice-versa? Alunos mal educados ditando as regras no lugar de seus professores? Ministros, senadores, governadores, e todos os outros cargos públicos continuarão roubando nosso dinheiro e continuarão impunes? Por enquanto sim. Coisas do Brasil.