sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tadinha!

Sentadas na escada da faculdade, minha amiga Joana pegou uma criança de 8 meses no colo e ficou brincando. Vendo aquela criança, começamos a lembrar de quando éramos pequenas, falávamos de nossa infância, nossas brincadeiras e peripécias. Momentos tristes e felizes. Foi quando ela veio com uma história a princípio inacreditável, mas verídica.
Quando pequena Joana tinha um cachorro, detalhe, ela não sabia o nome do cachorro. Mas ela adorava o cachorro. Só sabia que era pretinho e bonitinho, segundo suas próprias palavras. O cachorro morreu. E ela ficou triste, e não sabe-se como e de que maneira, ela via o cachorro, ou sua alma, não sei. No lugar onde o cachorro tinha morrido numa casa de farinha perto de sua casa, no forno da casa de farinha, é importante ressaltar. Tadinho do cachorro. Ela então teve a brilhante ideia de enterrar o cachorro, pode? O cachorro tinha morrido há dias atrás. Mas ela achava que se enterrasse o cachorro, ou pelo menos sua alma, ele a deixaria em paz. E assim o fez. Providenciou tudo. A cova, uma coroa de flores, se vestiu de padre, até missa de sétimo dia o cachorro teve. Me veio na lembrança o filme “O auto da Compadecida” mas isso não vem ao caso. Sim, continuando, ela falou fez algumas orações, falou o “Amém”, e mandou cachorro, ou pelo menos sua alma, para o além! Segundo ela, o cachorro parou de aparecer desde então. Acho que ele ficou impressionado com o ato de fé da garota e desistiu de atormenta-la. Tadinho!

Obs.: Joana é um nome fictício utilizado para preservar a imagem da “depoente”.

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