Para cada povo, em cada canto do mundo, cada palavra tem um significado diferente ou vários significados ao mesmo tempo. Contudo, uma única palavra tem o mesmo significado de leste a oeste, de norte a sul. Tanto entre países de primeiro mundo, quanto entre os povoados mais pobres da África.
A escrita existe há milhares de anos, desde que o homem passou a existir na face da Terra. Desde então ela vem se aprimorando; de rudimentares desenhos nas paredes das cavernas, até importantes documentos na sociedade. Além da fala, dos olhares, dos ruídos, dos odores, o ser humano, como animal racional, desenvolveu um outro meio de se comunicar com outros da mesma espécie: a escrita.
Com o tempo aprendemos que nos comunicar não é apenas falar o que pensamos, vai além. Existem regras que devem ser respeitadas, princípios a serem seguidos. Utilizamos uma linguagem diferente para cada ambiente no qual nos encontramos, afinal, a cada classe da sociedade se comunica de maneira diferente. Seja ela social, etária, educacional, formação profissional ou até mesmo de gênero.
A escrita, apesar de ser tão importante na sociedade, não é privilégio de todos – deveria ser – existem muitos analfabetos no mundo. E daqueles que sabem ler e escrever, poucos podem ser considerados letrados. O letramento não é o básico ler e escrever, ouvir e copiar. É mais. É ouvir, entender e transmitir. É formar opinião, é somar conhecimento. E isso não se aprende cobrindo linhas pontilhadas para formar a “amiguinha a”.
Letramento é utilizar o que a escrita oferece. É preciso ler bem, escrever melhor ainda. Conhecer regras gramaticais, não tropeçar nas vírgulas ou engolir acentos. Deve ser um prazer, e não uma obrigação, um martírio.
Infelizmente, a cada dia, é assim que a escrita é vista. A educação básica deveria dar uma base sólida para os alunos, entretanto, só ensinam a soletrar e formar palavras. Não ensinam como é prazeroso escrever. Por esse motivo é cada vez mais difícil encontrar profissionais realmente qualificados. Não é difícil ver profissionais recém-formados falando ou escrevendo errado.
Portanto, é preciso investir na educação, principalmente em professores competentes, que não ensinem apenas o básico aos alunos. Mas falem da magia que é o mundo da escrita. Dos tantos mundos que ela pode nos levar, das tantas sensações que ela pode nos proporcionar.
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