sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Minha língua, sua língua? Nossa língua!

Para cada povo, em cada canto do mundo, cada palavra tem um significado diferente ou vários significados ao mesmo tempo. Contudo, uma única palavra tem o mesmo significado de leste a oeste, de norte a sul. Tanto entre países de primeiro mundo, quanto entre os povoados mais pobres da África.
A escrita existe há milhares de anos, desde que o homem passou a existir na face da Terra. Desde então ela vem se aprimorando; de rudimentares desenhos nas paredes das cavernas, até importantes documentos na sociedade. Além da fala, dos olhares, dos ruídos, dos odores, o ser humano, como animal racional, desenvolveu um outro meio de se comunicar com outros da mesma espécie: a escrita.
Com o tempo aprendemos que nos comunicar não é apenas falar o que pensamos, vai além. Existem regras que devem ser respeitadas, princípios a serem seguidos. Utilizamos uma linguagem diferente para cada ambiente no qual nos encontramos, afinal, a cada classe da sociedade se comunica de maneira diferente. Seja ela social, etária, educacional, formação profissional ou até mesmo de gênero.
A escrita, apesar de ser tão importante na sociedade, não é privilégio de todos – deveria ser – existem muitos analfabetos no mundo. E daqueles que sabem ler e escrever, poucos podem ser considerados letrados. O letramento não é o básico ler e escrever, ouvir e copiar. É mais. É ouvir, entender e transmitir. É formar opinião, é somar conhecimento. E isso não se aprende cobrindo linhas pontilhadas para formar a “amiguinha a”.
Letramento é utilizar o que a escrita oferece. É preciso ler bem, escrever melhor ainda. Conhecer regras gramaticais, não tropeçar nas vírgulas ou engolir acentos. Deve ser um prazer, e não uma obrigação, um martírio.
Infelizmente, a cada dia, é assim que a escrita é vista. A educação básica deveria dar uma base sólida para os alunos, entretanto, só ensinam a soletrar e formar palavras. Não ensinam como é prazeroso escrever. Por esse motivo é cada vez mais difícil encontrar profissionais realmente qualificados. Não é difícil ver profissionais recém-formados falando ou escrevendo errado.
Portanto, é preciso investir na educação, principalmente em professores competentes, que não ensinem apenas o básico aos alunos. Mas falem da magia que é o mundo da escrita. Dos tantos mundos que ela pode nos levar, das tantas sensações que ela pode nos proporcionar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário