sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sério?!

“Pode falar? Pode falar? (...) Então dexa eu contar! Eu tinha um cachorrinho quando eu era pequena; como era o nome dele? Eu me esqueci o nome dele agora (...) Eu esqueci o nome dele. Eu só sei que era um cachorrinho pretinho, bunitinho, que eu adorava o cachorrinho. Aí, o cachorrinho morreu. Sério! O cachorrinho morreu, aí o que acontece... o cachorrinho morreu e eu morria de medo de fantasma né?! Até hoje eu tenho medo de fantasma, eu achava que o cachorro tinha alma e aí eu ficava em casa de noite num queria sair porque eu tinha medo do cachorro, é sério! Eu ouvia o latido do cachorro, e o cachorro morreu dentro do forno de uma casa de farinha que tinha perto da minha casa, aí eu via o cachorro lá deitado, mas era tudo coisa da minha cabeça né?! Aí eu cheguei à conclusão de que eu precisava fazer o enterro do cachorro, porque se eu não fizesse o enterro do cachorro, o cachorro não ia me deixar em paz, pelo menos a alma do cachorro né?! Aí eu fiz o enterro, o cachorro já tinha morrido ó... aí eu cavei o buraco, botei uma cruz lá e disse que era o cachorro, fiz uma coroazinha de flores lá que eu catei no jardim. Aí quando... aí depois eu me vesti de padre pra celebrar a missa de sétimo dia do cachorro (risos), e falei umas palavras que eu conhecia de oração. E aí foi isso, eu sepultei o cachorro, fiz o enterro do cachorro, disse um Amém, e ele partiu pro além... Nunca mais eu vi o cachorro”.

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